O cinema (particularmente o americano) já ganhou milhões e milhões de dólares com seus “serial killers”, tanto os baseados em personagens reais quanto os criados pela imaginação mais ou menos doentia dos seus escritores.
Uma das características principais dos serial killers é sua loucura. A insanidade os leva às mais inimagináveis atrocidades que fazem o delírio das audiências amantes dos filmes escatológicos, com desmembramentos, esmagamentos, esguichos de sangue e massa encefálica à distância.
Também são irritantemente persistentes: após escolherem sua(s) vítima(s) da forma mais organizada que uma mente torturada e imersa em delírios esquizofrênicos é capaz, ou seja de maneira totalmente aleatória, não há praticamente nada que os faça desistir. Em alguns casos (como em Sexta-feira 13) nem mesmo a morte.
Mesmo após ter sido morto logo no início da série de matanças filmes, o Jason sempre ressurge, mesmo tendo sido queimado, esmagado e enviado para o fundo de um lago diversas vezes. Não importa como nem quantas vezes os personagens se livrem dele, ele sempre retorna. Pior que mosca em pescaria.
Em O silêncio dos inocentes o serial killer acabou sendo um caso de “a realidade imita a arte”, logo após seu lançamento foi descoberto na Inglaterra um doido varrido que além de matar também comia suas vítimas – ou partes delas – que guardava na geladeira para – quem sabe – uma boquinha durante a noite ou no intervalo de um filme na TV.
Torturados pela infância de abusos ou simplesmente porque nasceram assim (como em Caso 39) ou porque são doidos de dar nó (ou dar dó) como em A órfã, creio que esses personagem no são uma tentativa do cinema de entender as mentes dos assassinos em série que o fascinam desde sempre.
Alguns assassinos já tiveram uma série ou vários remakes dedicados às suas carreiras de mortes, como Jack, o estripador e outros que tornaram-se verdadeiros “cults” como Sexta-feira 13 e O assassino da serra elétrica (que se baseia em fatos reais).
Talvez o mais horripilante desses filmes é que sabemos que em meio à fantasia há sempre uma pontinha de verdade, o que torna esses filmes ainda mais assustadores, embrulhando os estômagos mais fracos e causando taquicardia nos corações menos resistentes.