(Título original: Cloverfield)
Na festa de despedida de Rob (que irá morar no Japão) um tremor assusta todos os convidados, que correm para a cobertura para descobrir o que está acontecendo. Veem uma bola de fogo que logo começa a lançar pedaços de pedras flamejantes obrigando-os a fugirem para a rua, quando então percebem a exata dimensão do terror que está apenas começando.
Um dos amigos de Rob - que recebera a incumbência de filmar as despedidas dos amigos para entregar a Rob antes de sua partida - acaba filmando tudo e é através dessa câmera que vemos as ocorrências aterrorizantes que se sucedem enquanto New York é destruída mais uma vez pelo cinema americano, que parece ter prazer em situar geograficamente todas as catástrofes reais e imaginárias nessa cidade.
Com muito suspense e sustos, a ação se sucede e somos levados junto com a câmera pela louca fuga dos habitantes da cidade, enquanto tentam descobrir o que está acontecendo.
O elenco é composto por Lizzy Caplan (que também participa do oscarizado 127 horas), Jessica Lucas (Vovó…zona 3), T.J. Miller (Como treinar seu dragão), Michael Stahl-David (conhecido no Brasil por participar de um episódio de Numb3rs e de Law & Order Criminal intents). A direção é de Matt Reeves (que também dirigiu Deixe-me entrar, filme já comentado aqui no blog, do tipo “horror apavorante”).
No estilo “pegue a câmera e deixe rodar” como nos filmes Rec, Bruxa de Blair e mais recentemente Atividade Paranormal e suas sequências, que dá ao espectador a sensação de fazer parte da ação, que é focada no grupo de protagonistas, sem se preocupar com explicações científicas, filosóficas ou teóricas para justificar o ataque do monstro à cidade de Nova York.
Para os americanos a decapitação da estátua da liberdade deve ter adicionado um horror adicional e simbólico ao filme, mas para nós o terror e o suspense também funcionam muito bem.
Assista numa noite chuvosa com as luzes apagadas, de preferência com companhia.
Zailda Coirano