quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O que você sabe sobre “serial killers”?

Jason_VoorheesO cinema (particularmente o americano) já ganhou milhões e milhões de dólares com seus “serial killers”, tanto os baseados em personagens reais quanto os criados pela imaginação mais ou menos doentia dos seus escritores.

Uma das características principais dos serial killers é sua loucura. A insanidade os leva às mais inimagináveis atrocidades que fazem o delírio das audiências amantes dos filmes escatológicos, com desmembramentos, esmagamentos, esguichos de sangue e massa encefálica à distância.

Também são irritantemente persistentes: após escolherem sua(s) vítima(s) da forma mais organizada que uma mente torturada e imersa em delírios esquizofrênicos é capaz, ou seja de maneira totalmente aleatória, não há praticamente nada que os faça desistir. Em alguns casos (como em Sexta-feira 13) nem mesmo a morte.

Mesmo após ter sido morto logo no início da série de matanças filmes, o Jason sempre ressurge, mesmo tendo sido queimado, esmagado e enviado para o fundo de um lago diversas vezes. Não importa como nem quantas vezes os personagens se livrem dele, ele sempre retorna. Pior que mosca em pescaria.

Em O silêncio dos inocentes o serial killer acabou sendo um caso de “a realidade imita a arte”, logo após seu lançamento foi descoberto na Inglaterra um doido varrido que além de matar também comia suas vítimas – ou partes delas – que guardava na geladeira para – quem sabe – uma boquinha durante a noite ou no intervalo de um filme na TV.

Torturados pela infância de abusos ou simplesmente porque nasceram assim (como em Caso 39) ou porque são doidos de dar nó (ou dar dó) como em A órfã, creio que esses personagem no são uma tentativa do cinema de entender as mentes dos assassinos em série que o fascinam desde sempre.

Alguns assassinos já tiveram uma série ou vários remakes dedicados às suas carreiras de mortes, como Jack, o estripador e outros que tornaram-se verdadeiros “cults” como Sexta-feira 13 e O assassino da serra elétrica (que se baseia em fatos reais).

Talvez o mais horripilante desses filmes é que sabemos que em meio à fantasia há sempre uma pontinha de verdade, o que torna esses filmes ainda mais assustadores, embrulhando os estômagos mais fracos e causando taquicardia nos corações menos resistentes.

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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O que você sabe sobre fantasmas?

ouijaFantasmas são como chamamos os espíritos desencarnados que por alguma razão permanecem presos a um lugar, assombrando as pessoas que ainda estão vivas.

Fantasmas ruins X fantasmas maus

O cinema divide suas assombrações em boas e más, e geralmente quando há uma – ou mais – assombrações “do bem” que só estão tentando proteger os outros ou que são atormentadas por lembranças de sua vida anterior, sempre há pelo menos uma bem má acompanhando. Algumas dessas assombrações não se contentam em assombrar apenas lugares, mas tomam posse dos corpos das pessoas que o habitam ou frequentam.

Comportamento

Nunca entendi muito bem o comportamento das assombrações do cinema. A maioria quer passar um recado, enviar uma mensagem. Essa mensagem pode variar desde o local onde estão seus restos mortais - e após essa descoberta, devidamente enterrados em local sagrado costuma-se “libertar” as almas errantes; outros querem justiça contra seus algozes, esclarecer a forma como foram mortos, como viveram, como foram presos, mantidos reféns e como sofreram violência física. Seja como for, parece que eles têm uma tendência não completamente clara para mim de enviar mensagens através de enigmas.

Ora, se seu objetivo é enviar uma mensagem, por que não dizer logo de cara: foi o fulano que me matou? Por que mostrar um monte de pistas que precisam ser descobertas, interpretadas e encaixadas primeiro para só então entender – ou não – seu significado? Se a assombração é capaz de derrubar paredes, por que não pegar uma caneta e escrever a mensagem com todos os pingos nos ii?

Também não entendo certos “limites”. Se a Samara do filme O chamado consegue entrar na TV, deslocar-se com tanta facilidade chegando até a possuir o garoto no segundo filme, por que não consegue sair quando se fecha a tampa do poço no qual estavam seus restos mortais (que foram devidamente descobertos e enterrados no filme 1)?

No filme O buraco as entidades começaram a transitar livremente assim que os cadeados que lacravam o tal buraco que dá nome ao filme foram retirados. Mas essas mesmas entidades não tiveram nenhum problema para remover diversos pregos que foram colocados na tampa do bendito buraco com a mesma intenção. Conseguem arrancar pregos mas não abrir cadeados?

Assombrações teimosas

Algumas assombrações são “teimosas” e mesmo que o clichê do cinema gire em torno de algo como “descobrindo a chave do enigma a assombração se liberta e some”, após ser desvendado o enigma diversas vezes em várias continuações sempre há mais um pouco para descobrir e as maldições se recusam a largar o osso, digo, o local.

Ainda há aquelas originadas de uma maldição, então não importa que se descubra tudo de trás pra diante, de cor e salteado que continuarão a perseguir quem quer que faça o que os levará a cair na tal maldição. No filme O grito acontece mais ou menos isso, qualquer mortal que entrasse na casa onde a família foi brutalmente assassinada seria literalmente assombrado até morte, que teria que ser  morte mais apavorante possível. Coisa lá dos orientais, que em matéria de assombrações estão anos-luz à frente dos americanos. Não importa quantos filmes de terror já tenha visto, você sempre irá ficar morrendo de medo e tomar muitos sustos com os filmes deles lá.

Possessões

As assombrações hollywoodianas parecem ignorar totalmente o que se sabe sobre elas na “vida real”. Reza a doutrina espírita que um espírito desencarnado não pode jamais “entrar” no corpo de outra pessoa. Pode-se até pensar em “obsessão”, quando os dois espíritos (vivo e desencarnado) estão na mesma sintonia, ou seja: têm as mesmas falhas morais e tendências maldosas. No cinema qualquer um está à mercê de perder o domínio sobre o próprio corpo e mente, sendo levado às maldades mais perversas por seu opressor, dominador ou o que quer que se chame.

Além disso há as possessões por espíritos mais ou menos perversos que por vezes são “convidados” pela famosa tábua “oui-ja” que se destina à comunicação com espíritos errantes. Também a brincadeira do copo parece não ser tão inofensiva quanto os incautos participantes dos filmes de terror acreditam, sendo uma porta aberta para todo tipo de possessão, assombração ou obsessão que o cinema possa imaginar ou criar.

Alguns filmes saem do lugar-comum – tarefa nada fácil a julgar pelo crescente número de filmes com o tema – e apresentam as assombrações sob outro ponto-de-vista, como é o caso do excelente Os outros. Depois de assistir o filme, desafio o expectador a me dizer quem está assombrando quem.

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terça-feira, 18 de outubro de 2011

O que você sabe sobre zumbis?

Morto-vivoOs mortos-vivos

Em primeiro lugar, o que são zumbis? São criaturas que levantam-se após a morte para uma espécie de sobre-vida, com limitadas funções cerebrais e comportamento primitivo. Sua aparência é a mais asquerosa e aterradora possível, seus movimentos são vagarosos e têm pouca coordenação motora.

Qual a origem dos zumbis?

Os zumbis são criados a partir de infecção por bactérias ou vírus mutantes, que foram gerados em laboratório ou de origem alienígena. Também podem ser originados após um vazamento de gás ou substâncias químicas (como em A noite dos mortos-vivos). Também podem ser criados por feitiçaria (como em Arraste-me para o inferno), rituais religiosos ou satanistas. Em alguns filmes sua causa é ignorada.

Como se dá a transformação?

Em qualquer dos casos acima, quando um ser vivo (preferencialmente humano) é mordido ou tem contato com fluídos oriundos de um zumbi, adoece rapidamente e após a morte clínica renasce como um zumbi.

Como se comportam?

Os zumbis (ou mortos-vivos) - independentemente da causa de sua criação -  comportam-se mais ou menos dentro de um padrão comum: sua única motivação é atacar seres humanos vivos, despedaçando-os e comendo sua carne.

Aparentemente essa carne é apreciada apenas enquanto o humano está vivo, pois durante os filmes vemos vários restos abandonados e zumbis parcialmente comidos transitando pelo cenário.

Normalmente eles não falam nem comportam-se de forma racional. Alguns repetem gestos ou atividades que desempenhavam quando vivos, ouvem e veem. Os barulhos costumam atraí-los, principalmente os provocados por humanos. Não costumam atacar outros animais, mas há casos de cães (como em A experiência) ou outros animais infectados.

Não costumam lembrar de sua vida passada ou de entes queridos, ou se lembram não parece fazer muita diferença. Como atacam os vivos e os que não morrem tornam-se zumbis por sua vez, multiplicam-se rapidamente enquanto que os seres humanos são paulatinamente dizimados.

Como destruir os zumbis?

Normalmente eles são destruídos quando seu cérebro primitivo e de funções limitadas (devido à degradação após a morte clínica) é atingido, despedaçado ou esmagado, ou ainda quando sua cabeça é separada do corpo com o uso de meios violentos e sangrentos, que fazem a diversão de quem gosta da sanguinolência esguichante e explícita desse gênero de filme.

O que os zumbis representam?

Na maioria dos filmes eles representam o extermínio da raça humana, sempre trazendo uma mensagem subliminar (principalmente quando sua causa não fica clara) de “castigo” ou “revolta” da natureza ou das leis divinas devido a destruição causada pelos seres humanos ao planeta ou aos de sua própria raça.

Sem dúvida a ideia de sermos substituídos na face do planeta por seres humanos fedorentos, de faculdades cerebrais limitadas, primitivas e decadentes e de aspecto putrefato soa mais como uma resposta ou “castigo” do meio-ambiente (ou das forças divinas, como preferir o leitor) à foma como é tratado e destruído pelos seus habitantes que qualquer outra coisa.

Se não é uma forma de “apocalipse” provável, pelo menos me parece bem merecida e apropriada que sejamos aniquilados à medida em que nos vemos substituídos por seres que também são humanos mas que mostram em sua aparência horripilante o que realmente são: meros predadores, preocupados apenas em satisfazer suas necessidades principais, não importando se a destruição descontrolada dos meios de sobrevivência irão fazer com que ela seja totalmente exaurida, causando assim o extermínio do predador por falta de caça ou meios para manter sua “vida”.

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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O crematório

O-Crematório-2010-211x300Título original: Death and Cremation

Sinopse: Em um típico subúrbio americano com pessoas de classe média, Stanley, um solitário de 59 anos, contribui para a sociedade oferecendo serviços de cremação em seu porão. Mas, além disso, ele mata os vizinhos que praticam bullying. Jarod, um garoto de 17 anos que sofre bullying na escola, começa a trabalhar com Stanley em seu crematório e os dois desenvolvem uma relação de trabalho incomum, que logo evolui para uma parceria. Quando o detetive Matt Fairchild reúne as pistas dos desaparecimentos, Stan tem que decidir se vale a pena arriscar sua vida para proteger seu novo parceiro.

Minha opinião

O filme tem lá seus momentos de inspiração mas algumas cenas (bem como seu final) são inverossímeis ou pelo menos bastante improváveis. O enredo deixa de aproveitar algumas ideias que são realmente interessantes – como a parceria entre Stan e seu “discipulo”. Essa “parceria” não é tão original, mas sim a forma como ela acontece no filme. Mas, como eu já disse, não foi bem explorada.

O filme deixa a desejar em matéria de suspense e terror, tendo como única cena que eu classificaria de “suspense” o momento em que estão tentando dar um fim a um corpo enquanto o garoto despista a mãe.

Uma falha que encontrei é que todos se queixam do “cheiro de defunto” e pelo que eu sei de defuntos eles não “cheiram” logo após a morte, mas várias horas depois, o que parece não ser o caso no filme. Também a desculpa de que se tratava de cheiro de peixe não cola, a não ser que tivessem pescado peixe estragado.

O roteiro não é bem “amarrado”, mas mesmo assim dá para passar o tempo com o clima sombrio e os personagens centrais estranhos, numa atmosfera mais que bizarra, comportamento dos dois idem.

Vale a pena assistir se você gosta de filmes B, C, D ou como queira classificar este. O mais interessante do filme ainda é o título em português, que sugere mais do que o filme chega a oferecer.

Trailer

Veja abaixo o trailer do filme:

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domingo, 16 de outubro de 2011

Por que falar de filmes?

Críticos X expectadores

cinema1 (1)Algumas pessoas me escrevem e perguntam com que autoridade falo sobre filmes; também querem saber onde publico minha coluna de críticas de cinema. Não sou profissional, a “autoridade” vai até onde pode ir o conhecimento de quem dedicou muitas horas de sua vida à sétima arte, mesmo que apenas como entretenimento.

Falo como platéia, como público-alvo a quem os filmes se destinam e para quem são feitos. Deveria então minha opinião ser desconsiderada? Vejamos então um “resumo” do que se passou até aqui na minha vida em matéria de filmes e ao final tenho certeza de que o leitor irá concordar comigo que eu tenho o direito de comentar o que vejo.

Atração principal

Os filmes – junto com os livros – sempre foram minha fonte principal de diversão, aprendizado e reflexão. Comecei a ver filmes quando tinha 6 anos e até os 13 via pelo menos um filme por semana, e digo “pelo menos” porque quando tinha 8 anos a TV chegou à nossa cidade, mas como não me era permitido ficar acordada até mais tarde até completar 13 anos, vamos desconsiderar os que porventura tenha visto na telinha. Em 7 anos são 364 semanas então contemos 364 filmes assistidos nesse período.

Dos 13 aos 20 tive acesso à TV após as 22 horas e contemos então que vi um filme por dia, desconsiderando os dias que tenha visto mais de um, o que não era incomum. Temos então em 7 anos 2.555 dias = 2.555 filmes.

Dos 16 aos 20 fazia também uma sessão particular. Como mudei-me para São Paulo eu ia ao centro da cidade pelo menos 2 vezes ao mês no sábado e começava a ver filmes às 14 horas, indo para casa apenas pouco antes da meia-noite (encerramento dos trabalhos do metrô), vendo pelo menos 4 filmes inteiros, então somemos + 416 filmes em 104 semanas.

Dos 20 aos 26 tinha filhos pequenos, casa, marido e emprego para cuidar, então só via filmes numa média de 3 vezes por semana. Em 6 anos são 312 semanas, então temos mais 936 filmes.

Dos 26 aos 48 fui a melhor cliente da locadora da cidade (mudei-me novamente para o interior) locando pelo menos 6 filmes por semana, em 22 anos serão então 8.030 filmes. Também via pelo menos um filme por dia na TV, então são mais 6.864 filmes em 22 anos, então são 14.894 filmes nesse período.

Dos 48 aos 54, com TV a cabo e tudo mais vejo pelo menos dois filmes por dia, então são mais 4.380 filmes em 6 anos.

Somando tudo isso dá um total de 23.545 filmes. Considerando que aí não estão incluídos filmes que vi durante feriados e finais de semana, feriados prolongados quando não viajei, seriados que também vejo quase todos os dias, teremos facilmente no mínimo 30.000 filmes. E olha que estou chutando bem por baixo.

Se considerarmos que cada filme tem pelo menos 1 hora e meia, seriam 45.000 horas ininterruptas vendo filmes; 1.875 dias ininterruptos; ou 267 semanas ou 5 anos completos.

Se analisarmos que um ano tem mais ou menos 280 dias úteis e que trabalhamos no máximo 8 horas por dia (1/3 do dia) teremos aí 20 anos, ou seja: eu estaria quase para me aposentar só vendo filmes.

Será que eu tenho o direito de dar então a minha opinião?

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