quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O que você sabe sobre fantasmas?

ouijaFantasmas são como chamamos os espíritos desencarnados que por alguma razão permanecem presos a um lugar, assombrando as pessoas que ainda estão vivas.

Fantasmas ruins X fantasmas maus

O cinema divide suas assombrações em boas e más, e geralmente quando há uma – ou mais – assombrações “do bem” que só estão tentando proteger os outros ou que são atormentadas por lembranças de sua vida anterior, sempre há pelo menos uma bem má acompanhando. Algumas dessas assombrações não se contentam em assombrar apenas lugares, mas tomam posse dos corpos das pessoas que o habitam ou frequentam.

Comportamento

Nunca entendi muito bem o comportamento das assombrações do cinema. A maioria quer passar um recado, enviar uma mensagem. Essa mensagem pode variar desde o local onde estão seus restos mortais - e após essa descoberta, devidamente enterrados em local sagrado costuma-se “libertar” as almas errantes; outros querem justiça contra seus algozes, esclarecer a forma como foram mortos, como viveram, como foram presos, mantidos reféns e como sofreram violência física. Seja como for, parece que eles têm uma tendência não completamente clara para mim de enviar mensagens através de enigmas.

Ora, se seu objetivo é enviar uma mensagem, por que não dizer logo de cara: foi o fulano que me matou? Por que mostrar um monte de pistas que precisam ser descobertas, interpretadas e encaixadas primeiro para só então entender – ou não – seu significado? Se a assombração é capaz de derrubar paredes, por que não pegar uma caneta e escrever a mensagem com todos os pingos nos ii?

Também não entendo certos “limites”. Se a Samara do filme O chamado consegue entrar na TV, deslocar-se com tanta facilidade chegando até a possuir o garoto no segundo filme, por que não consegue sair quando se fecha a tampa do poço no qual estavam seus restos mortais (que foram devidamente descobertos e enterrados no filme 1)?

No filme O buraco as entidades começaram a transitar livremente assim que os cadeados que lacravam o tal buraco que dá nome ao filme foram retirados. Mas essas mesmas entidades não tiveram nenhum problema para remover diversos pregos que foram colocados na tampa do bendito buraco com a mesma intenção. Conseguem arrancar pregos mas não abrir cadeados?

Assombrações teimosas

Algumas assombrações são “teimosas” e mesmo que o clichê do cinema gire em torno de algo como “descobrindo a chave do enigma a assombração se liberta e some”, após ser desvendado o enigma diversas vezes em várias continuações sempre há mais um pouco para descobrir e as maldições se recusam a largar o osso, digo, o local.

Ainda há aquelas originadas de uma maldição, então não importa que se descubra tudo de trás pra diante, de cor e salteado que continuarão a perseguir quem quer que faça o que os levará a cair na tal maldição. No filme O grito acontece mais ou menos isso, qualquer mortal que entrasse na casa onde a família foi brutalmente assassinada seria literalmente assombrado até morte, que teria que ser  morte mais apavorante possível. Coisa lá dos orientais, que em matéria de assombrações estão anos-luz à frente dos americanos. Não importa quantos filmes de terror já tenha visto, você sempre irá ficar morrendo de medo e tomar muitos sustos com os filmes deles lá.

Possessões

As assombrações hollywoodianas parecem ignorar totalmente o que se sabe sobre elas na “vida real”. Reza a doutrina espírita que um espírito desencarnado não pode jamais “entrar” no corpo de outra pessoa. Pode-se até pensar em “obsessão”, quando os dois espíritos (vivo e desencarnado) estão na mesma sintonia, ou seja: têm as mesmas falhas morais e tendências maldosas. No cinema qualquer um está à mercê de perder o domínio sobre o próprio corpo e mente, sendo levado às maldades mais perversas por seu opressor, dominador ou o que quer que se chame.

Além disso há as possessões por espíritos mais ou menos perversos que por vezes são “convidados” pela famosa tábua “oui-ja” que se destina à comunicação com espíritos errantes. Também a brincadeira do copo parece não ser tão inofensiva quanto os incautos participantes dos filmes de terror acreditam, sendo uma porta aberta para todo tipo de possessão, assombração ou obsessão que o cinema possa imaginar ou criar.

Alguns filmes saem do lugar-comum – tarefa nada fácil a julgar pelo crescente número de filmes com o tema – e apresentam as assombrações sob outro ponto-de-vista, como é o caso do excelente Os outros. Depois de assistir o filme, desafio o expectador a me dizer quem está assombrando quem.

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